sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

GRUPO A - Senegal favorita e anfitriã Guiné Equatorial sonhando em fazer história

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Autor: Leonardo Bertozzi
Fonte: ESPN

GRUPO A

GUINÉ EQUATORIAL

Como se classificou: país-sede
Melhor participação: nunca disputou
Ranking da Fifa: 151
Técnico: Gílson Paulo (brasileiro)

Estreante na fase final de uma Copa Africana, a seleção de Guiné Equatorial costumava ser uma das mais fracas do continente, mas adquiriu alguma competitividade buscando no exterior (principalmente na Espanha) jogadores com ascendência no país. Rodolfo Bodipo, ex-Deportivo La Coruña e hoje no Las Palmas, e Javier Balboa, ex-Real Madrid e Benfica, atualmente no Beira-Mar, são alguns dos exemplos.

A preparação para a CAN foi afetada pela saída do técnico francês Henri Michel, irritado com interferências do ministério dos esportes em seu trabalho. Michel pediu demissão em dezembro, dois meses depois de anunciar sua saída pela primeira vez e voltar atrás.

Gílson Paulo, técnico brasileiro de 62 anos, assume em cima da hora com a missão de tentar fazer valer o mando de campo para beliscar a segunda vaga do grupo para as quartas-de-final, o que parece improvável. A aposta é no elemento surpresa: não há registros de confrontos contra os adversários da chave.

O elenco de Guiné Equatorial conta ainda com um brasileiro, o goleiro Danilo, do América-PE. Durante os últimos anos, outros brasileiros representaram a equipe, como André "Balada" Neles.

LÍBIA

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Como se classificou: melhor segunda colocada (Grupo C)
Melhor participação: vice-campeã em 1982
Ranking da Fifa: 63
Técnico: Marcos Paquetá (brasileiro)

Adversária dos donos da casa no jogo de abertura, a Líbia tem muito a comemorar só por estar na CAN 2012. Poucos acreditavam na classificação, conquistada em um período de revolução no país, o que obrigou a equipe a mandar dois jogos em campo neutro. A vaga foi assegurada já sob a nova bandeira.

Por trás do feito está o técnico Marcos Paquetá, campeão mundial sub-17 e sub-20 pelo Brasil em 2003. Repetir o vice-campeonato de 1982, quando o torneio foi disputado na Líbia, está fora de cogitação. Desde então, a única participação foi em 2006, quando o time não passou da fase de grupos.

Sem muitos jogadores de nível internacional (o mais relevante é o volante Djamal Mahamat, do Braga), a Líbia tentará surpreender novamente. Vale lembrar que Zâmbia, adversária no grupo, esteve na mesma chave das eliminatórias e não conseguiu vencer os líbios: 1 a 0 em Trípoli e 0 a 0 em Chingola.

SENEGAL

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Como se classificou: primeira colocada do grupo E
Melhor participação: vice-campeã em 2002
Ranking da Fifa: 44
Técnico: Amara Traoré (senegalês)

Com sua seleção mais forte desde a surpreendente equipe de 2002, que igualou a melhor participação africana em Copas do Mundo ao alcançar as quartas-de-final, Senegal tem tudo para terminar em primeiro lugar no grupo, aumentando as chances de evitar um confronto com a Costa do Marfim antes da decisão.

O potencial ofensivo senegalês impressiona. Basta olhar para nomes como Moussa Sow (Lille), Demba Ba (Newcastle) e Papiss Cissé (Freiburg), que estiveram entre os principais goleadores de 2011 nas ligas europeias. Outros pilares do elenco são os zagueiros Pape Diakhaté (Granada) e Souleymane Diawara (Marseille), o volante Mohamed Diamé (Wigan) e o lateral Armand Traoré (QPR).

Nas eliminatórias, os Leões de Teranga superaram um grupo complicado, deixando Camarões e República Democrática do Congo fora da fase final. Foram cinco vitórias e um empate em seis jogos, dominando a chave desde o início. São potenciais candidatos ao título.

ZÂMBIA

Como se classificou: primeira colocada no grupo C
Melhor participação: vice-campeã em 1974 e 1994
Ranking da Fifa: 79
Técnico: Hervé Renard (francês)

Zâmbia tem dois momentos marcantes na história do futebol: a goleada de 4 a 0 sobre a Itália nos Jogos Olímpicos de 1988, com três gols de Kalusha Bwalya, e o acidente aéreo que matou 18 jogadores em 1993, antes de um jogo das eliminatórias da Copa do Mundo. Bwalya, que não estava no voo, comandou os sobreviventes em um impressionante vice-campeonato africano no ano seguinte.

Participantes habituais da CAN - só ficaram fora de uma das últimas onze edições - os Chipolopolo (Balas de Cobre) são favoritos no papel à classificação para as quartas-de-final. O técnico francês Hervé Renard, que colocou o país entre os oito melhores da África em 2010, voltou ao cargo no ano passado.

Vale a pena ficar de olho em Emmanuel Mayuka, jovem atacante do Young Boys, da Suíça. Aumentam o poder de ataque Chris Katongo e James Chamanga, ambos atuando no emergente futebol chinês. Boa parte da base foi montada através da seleção sub-20 que chegou às oitavas-de-final do Mundial da categoria em 2007.

21/jan: Guiné Equatorial x Líbia, Senegal x Zâmbia (rodada dupla em Bata)
25/jan: Líbia x Zâmbia, Guiné Equatorial x Senegal (rodada dupla em Bata)
29/jan: Guiné Equatorial x Zâmbia (Malabo), Líbia x Senegal (Bata)

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