sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Grupo B: Forte candidata ao título, Costa do Marfim tem grupo recheado de azarões

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Autor: Leonardo Bertozzi
Fonte: ESPN

GRUPO B

COSTA DO MARFIM

Como se classificou: primeira colocada do grupo H
Melhor participação: campeã em 1992
Ranking da Fifa: 16
Técnico: François Zahoui (marfinense)

Drogba, Yaya Touré, Kolo Touré, Doumbia, Kalou, Zokora, Eboué, Gervinho... Como explicar o fato de a melhor geração da história da Costa do Marfim ainda não ter conquistado um título?

Depois da frustração de 2006, quando perderam a final para o Egito, os Elefantes ficaram cada vez mais distantes da glória continental: eliminados nas semifinais em 2008, novamente pelos Faraós, e nas quartas-de-final em 2010, em uma dramática prorrogação contra a Argélia.

Lidar melhor com o favoritismo é uma necessidade para que os marfinenses, que têm no papel a seleção mais forte do torneio, possam cumprir as expectativas e repetir a única conquista até hoje. Em 1992, o título veio contra Gana, em uma decisão por pênaltis que envolveu todos os jogadores em campo (11 a 10).

A missão caberá a um técnico local, François Zahoui, depois de seguidas tentativas com estrangeiros - o último deles Sven-Goran Eriksson, que não conseguiu levar o time além da fase de grupos da Copa do Mundo de 2010. Nas eliminatórias, não houve adversários à altura: foram seis vitórias em seis jogos, com 19 gols marcados.

SUDÃO

Como se classificou: segundo melhor segundo colocado (grupo I)
Melhor participação: campeão em 1970
Ranking da Fifa: 112
Técnico: Mohamed Abdalla Ahmed (sudanês)

Forte nas décadas de 50 e 60, e campeão jogando em casa em 1970, o Sudão (um dos quatro fundadores da Confederação Africana) hoje é mero coadjuvante no cenário continental. Será apenas a quarta participação do país na fase final da CAN desde a única conquista. Na última, em 2008, foram três derrotas em três partidas na fase de grupos.

Único representante do leste africano no torneio, o Sudão começou as eliminatórias representando um único país, e agora joga por dois - o Sudão do Sul teve sua independência declarada no ano passado. Algo semelhante ao que aconteceu com Sérvia e Montenegro antes da Copa do Mundo de 2006.

No elenco, sem estrelas internacionais, destacam-se os meio-campistas Mohamed Osman Tahir e Ala'a Eldin Yousif. Na campanha de classificação, os resultados foram consistentes: foi a única seleção a tirar pontos de Gana, arrancando um 0 a 0 fora de casa, e venceu todos os jogos contra Congo e Suazilândia.

Desempenho semelhante pode ajudar a beliscar a segunda vaga do grupo, mas a princípio é zebra.

BURKINA FASO

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Como se classificou: primeiro colocado do grupo F
Melhor participação: quarto lugar em 1998
Ranking da Fifa: 62
Técnico: Paulo Duarte (português)

Restando poucos dias para o início da CAN, Burkina Faso vivia a ansiedade por saber se poderia disputar o torneio. Tudo por causa de uma reclamação da Namíbia, que alegava irregularidades no processo de naturalização do defensor camaronês Hervé Zengue.

Depois de duas decisões da Confederação Africana favoráveis a Burkina Faso, os namíbios levaram o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que também rejeitou o protesto. Burkina ficou com o primeiro lugar de um grupo eliminatório que já começou tumultuado, com a desistência da Mauritânia.

A dúvida mexeu com a preparação do time comandado pelo português Paulo Duarte, que assumiu o cargo em 2008 e conseguiu a classificação para a CAN de 2010, ficando na fase de grupos.

Alguns dos principais jogadores de Burkina Faso atuam no futebol francês, como Jonathan Pitroipa (Rennes), Charles Kaboré (foto - Marseille) e Bakary Koné (Lyon). A principal esperança de gols é Moumouni Dagano, que atua pelo Al Khor, do Qatar. Também sonha com a segunda colocação.

ANGOLA


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Como se classificou: primeira colocada do grupo J
Melhor participação: quartas-de-final em 2008 e 2010
Ranking da Fifa: 84
Técnico: Lito Vidigal (angolano)

Sede da edição de 2010, quando caiu nas quartas-de-final, Angola conta com boas individualidades, como os atacantes Djalma (foto), do Porto, e Manucho, do Valladolid. O setor ofensivo ainda é reforçado por Nando Rafael, que optou por Angola após representar seleções de base na Alemanha - hoje, atua pelo Augsburg.

O principal nome dos Palancas Negras, porém, ainda é Flávio Amado, autor do único gol do país em uma Copa do Mundo, a de 2006. Flávio, então jogando pelo Al Ahly, do Egito, marcou contra o Internacional na semifinal do Mundial de Clubes daquele mesmo ano.

A equipe precisou se recuperar de um início complicado nas eliminatórias, com duas derrotas nos três primeiros jogos (Uganda e Quênia). A classificação só foi garantida na rodada final, graças à vitória sobre Guiné-Bissau e o empate entre ugandenses e quenianos no outro jogo.

Apesar de ter um ataque nitidamente superior ao restante do time, Angola tem força suficiente para superar a fase de grupos pela terceira CAN consecutiva.
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22/jan: Costa do Marfim x Sudão, Burkina Faso x Angola (rodada dupla em Malabo)
26/jan: Sudão x Angola, Costa do Marfim x Burkina Faso (rodada dupla em Malabo)
30/jan: Sudão x Burkina Faso (Bata), Costa do Marfim x Angola (Malabo)

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